O Brasil é um exemplo de reciclagem de latinhas de alumínio. Quase 100% das latas que são descartadas são reaproveitadas e viram novas embalagens. Uma lei em vigor desde 2010 também quer que outros materiais como plástico e papel sejam descartados de maneira correta.
De cada cem latas de alumínio fabricadas no país, 98 são recicladas. O tempo médio que uma lata fica na rua de São Paulo é dez segundos. O setor movimenta R$ 1,8 bilhão por ano no país, mas esse mercado não funciona sem alguns personagens.O principal personagem é o catador de lixo. Para ele, a latinha é ouro. Nas cooperativas e no ferro-velho, as latas são reunidas e prensadas.
O que o catador recolhe para na indústria do alumínio.Em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, está a maior recicladora de latinhas da América do Sul. Todos os anos, a indústria recicla 13 bilhões de latinhas. As latas são trituradas, passam por um processo de limpeza e do forno saem em estado líquido. Depois, viram placas de alumínio. Elas seguem para a indústria, como a de Jacareí, também no interior paulista, onde a matéria-prima ganha forma e vira latinha novamente.
Do momento em que é comprada pelo consumidor, a latinha já reciclada volta para as prateleiras dos supermercados em apenas um mês. Um ciclo rápido e eficiente. Esse é o mundo ideal da reciclagem e é o que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) quer que aconteça com todos os materiais recicláveis que hoje vão parar no lixo e em aterros sanitários.“A política traz um novo momento para gestão de resíduos e passa a exigir que essa gestão seja feita de maneira cíclica, ou seja: com o permanente retorno desses resíduos para as devidas cadeias produtivas”, explica o presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável Sabetai Calderoni.As indústrias já estão assinando termos de compromisso com o poder público pra se adaptar à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O prazo para o cumprimento do que foi combinado varia de acordo com cada setor.Já as prefeituras têm até o mês de agosto pra apresentar os planos municipais, com a estratégia que as cidades vão traçar para aumentar a oferta de coleta seletiva e instalar novas cooperativas. Esses planos passam a valer a partir de 2014.
Fonte: G1
Matéria do dia 23/04/2012 13h02