
O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, afirmou que o Brasil não deve continuar focado apenas na produção primária, mas deve investir em uma agenda de redução de impostos e desburocratização. Para Silva, essas medidas são essenciais para o desenvolvimento da indústria nacional, incluindo a construção civil.
Atualmente, o Brasil é um país com uma carga tributária elevada, que chega a 33,6% do PIB. Isso representa um custo significativo para as empresas, que precisam repassar esse valor para os consumidores, tornando os produtos e serviços mais caros.
A desburocratização também é um problema para a indústria brasileira. O país tem um dos sistemas mais complexos do mundo, com uma grande quantidade de regras e regulamentações que dificultam a abertura e operação de empresas.
Essas condições tornam a indústria brasileira menos competitiva em relação a outros países. Para Silva, a redução de impostos e a desburocratização são medidas necessárias para nivelar o campo de jogo e permitir que as empresas brasileiras possam competir de forma mais justa.
Além desses fatores, o presidente da Fiesp também destacou a importância da digitalização, sustentabilidade e integração da indústria. Essas tendências são cada vez mais relevantes no setor da construção civil, que deve se adaptar para atender às demandas do mercado.
A digitalização pode ajudar a melhorar a eficiência e produtividade das empresas, além de reduzir custos. A sustentabilidade é um tema cada vez mais importante para os consumidores, que buscam produtos e serviços que sejam ambientalmente responsáveis. A integração da indústria permite que as empresas trabalhem de forma mais colaborativa, o que pode levar a ganhos de eficiência e inovação.
Por fim, Silva chamou a atenção para a necessidade da participação da sociedade para valorizar a indústria nacional. Ele afirmou que o consumidor deve dar preferência aos produtos e serviços produzidos no Brasil, o que ajudará a fortalecer o setor e gerar empregos.
A participação da sociedade é essencial para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento da indústria. Quando os consumidores dão preferência aos produtos e serviços produzidos no Brasil, eles estão enviando uma mensagem clara às empresas e ao governo de que querem apoiar o setor produtivo nacional.
Exemplos de entraves específicos para a construção civil:
- Impostos: o setor da construção civil é um dos mais tributados do país. Os impostos sobre a construção de imóveis podem chegar a 60% do valor total do empreendimento.
- Desburocratização: o processo de licenciamento para construção de imóveis é complexo e burocrático. Isso pode levar a atrasos e custos extras para as empresas.
- Digitalização: o setor da construção civil ainda é relativamente atrasado na adoção de tecnologias digitais. Isso pode prejudicar a eficiência e produtividade das empresas.
- Sustentabilidade: o setor da construção civil é um dos maiores responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa. As empresas precisam adotar medidas para reduzir seu impacto ambiental.
- Integração da indústria: o setor da construção civil é fragmentado e pouco integrado. Isso pode levar a perdas de eficiência e inovação.
Como superar esses entraves:
- Para reduzir impostos, o governo pode promover reformas tributárias que simplifiquem o sistema e reduzam a carga tributária para as empresas.
- Para desburocratizar o processo de licenciamento, o governo pode simplificar as regras e reduzir a quantidade de documentos exigidos.
- Para promover a digitalização, o governo pode oferecer incentivos às empresas que investem em tecnologias digitais.
- Para estimular a sustentabilidade, o governo pode implementar políticas que incentivem as empresas a reduzir seu impacto ambiental.
- Para promover a integração da indústria, o governo pode incentivar a cooperação entre empresas e o desenvolvimento de tecnologias colaborativas.
A superação desses entraves é essencial para o desenvolvimento da construção civil no Brasil. Com um ambiente mais favorável, as empresas do setor poderão crescer e gerar empregos, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.